Todo mundo sabe que existe um embate político/ideológico entre a Venezuela e os Estados Unidos. Em agosto, o governo americano editou a Ordem Executiva 13885 que, resumidamente, proíbe qualquer empresa americana a oferecer serviços ou vender qualquer produto ao governo venezuelano, porém, o entendimento geral é que essa medida restritiva valia apenas para negócios com o governo do país, mas algumas empresas podem pensar diferente.
A Adobe, gigante da produção de softwares para edição de imagem e vídeo, tomou uma decisão que todos estão achando radical. A empresa vai parar de fazer negócio com os usuários venezuelanos e vai cancelar seus planos de assinatura dos pacotes Adobe do Creative Cloud. E pior, segundo a empresa, já que a ordem executiva 13884, ordena a cessação de todas as atividades com as entidades, incluindo vendas, serviços, suporte, reembolsos, créditos, etc. , não será possível conceder aos antigos clientes o reembolso por conta dos produtos e assinaturas que foram pagas.
Todo mundo sabe que a Venezuela vive um momento muito complicado em sua economia. Embora a utilização de produtos pirata seja uma constante no país, alguns poucos fotógrafos e criadores de conteúdo utilizavam as licenças pagas da Adobe. Esses estão agora totalmente abandonados e terão, como única opção, se render aos softwares pirateados. Um verdadeiro tiro no pé que a Adobe está promovendo.
Quem sofre com essa situação, segundo um leitor do site Petapixel, são os profissionais que possuem contratos com empresas fora da Venezuela e que, por conta de normas contratuais, precisam trabalhar com software licenciado de forma legal. Quem vive na pirataria não vai sofrer nada com essa decisão.
A data limite para os softwares pararem de funcionar na Venezuela é 28 de outubro de 2019.
Fonte: Engadget