Muito feliz em voltar a publicar aqui no blog todos os dias. E hoje vou falar um pouco de música. Uma das bandas que mais gosto dentro do rock mais tradicional é o Queen. A trupe composta por Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon lançaram apenas 15 discos de estúdio, mas marcaram seu nome eternamente na história do rock. Porém, assim como qualquer banda grande, o Queen é uma empresa e não somente um grupo musical. Então a roda do capitalismo precisa continuar rodando. Relançamentos, coletâneas e discos ao vivo são constantemente colocados no mercado para continuar abastecendo os fãs e os colecionadores. Semana passada falei da caixa especial do disco The Miracle que foi lançada, além de uma música inédita. E hoje vou falar de novos discos que comprei recentemente para a coleção.
Freddie Mercury – Barcelona (Versão )
Tudo bem, não é um álbum do Queen, mas tem relação. Barcelona foi o segundo álbum solo de Freddie Mercury que realizou o seu sonho de gravar um disco de ópera com a cantora espanhola Montserrat Caballé. O disco foi lançado originalmente em 1988 e a música principal, Barcelona, foi tema dos Jogos Olímpicos de 1992. Infelizmente Freddie morreu alguns meses antes da abertura dos jogos. Eu tenho a versão original desse álbum de 1988 e agora tenho em mãos a versão especial que foi lançada em 2012. O disco foi lançado algum tempo atrás aqui no Brasil junto com o primeiro solo do Freddie e uma coletânea do trabalho solo do artista.
Nessa nova versão, todo o instrumental do disco foi refeito. A versão original de 1988 foi gravada com teclados e samples. Agora o disco conta com a execução instrumental da Orquestra Filarmônica de Praga com partituras escritas por Stuart Morley que foi diretor do musica do Queen. Participações especiais de Naoko Kikuchi que gravou uma parte koto (instrumento) para “La Japonaise”, e Rufus Taylor, o filho de Roger Taylor, que gravou tambores para “The Golden Boy” e “How Can I Go On”, e o violinista clássico David Garrett que gravou um novo solo de violino para o último How Can I Go On. No original John Deacon é quem faz o baixo na música “How Can I Go On”, o que foi mantido nessa nova versão.
Eu gostei muito. Uma atualização de um clássico e o processo de remasterização ficou bem interessante e não destruiu o clima do original.
Queen +Adam Lambert – Live Around the World (2020)
Lançado em 2020, esse disco traz uma compilação de músicas ao vivo gravadas pelo Queen junto com Adam Lambert. O nome do disco já entrega uma metodologia muito conhecida no mundo do rock que é colocar no disco uma música gravada em cada local que aconteceu as apresentações. O disco apareceu em promoção na Amazon no mês passado e acabei adquirindo, embora não seja um grande fã do Adam Lambert cantando as músicas do Queen.
Execução competente, clima de show muito empolgante e o set list da apresentação é altamente recomendado. Mas, a voz de Lambert, muito mais perto do falsete do que estamos acostumados no Queen, me irrita um pouco. Mas, um belo registro das últimas apresentações da banda. O sonho seria a volta do Paul Rodgers, mas acho que isso não vai acontecer.
Indicado para quem quer ouvir o Queen ao vivo e não tem os discos com o Freddie Mercury ou com o Paul Rodgers.
Queen Forever (2014)
Em 2014 o Queen colocou no mercado essa coletânea dupla em um digipack bem bacana. Lançada no Brasil com uma tiragem de 5 mil discos, ela possui uma particularidade muito interessante é a existência de 3 canções inéditas (até o momento) nesse disco cantadas por Freddie Mercury. As faixas são Let Me in Your Heart Again, Love Kills e There Must Be More to Life Than This. Assim que descobriu que estava com HIV, Freddie começou a compor e gravar em ritmo acelerado. Muita coisa do que ele deixou (algumas composições apenas em formato demo e sem instrumentos), ainda está guardado nos arquivos da banda. Essas três músicas sairam nessa coletânea e, agora em 2022, foi lançado o single Face It Alone e a banda promete mais 5 músicas inéditas em novembro.
Essa coletânea foi lançada em versão simples e em versão dupla. A versão simples possui 20 faixas e essa que tenho em minhas mãos é a versão dupla com 36 faixas. Quando falamos em coletâneas do Queen é claro que temos em mente o volume I e II do Greatest Hits que já se tornaram clássicos e responsáveis por muita gente conhecer a banda (inclusive eu que estou aqui escrevendo esse texto). Outras coletâneas do grupo já foram lançadas, mas de uma forma ou de outra, seguem a receita de colocar as músicas mais famosas e comerciais do grupo.
Essa Queen Forever segue essa receita em parte, pois também coloca algumas canções que não são executadas com tanta frequência. Temos aqui Spread Your Wings, Las Palabras de Amor, ’39 e In The Lap of the Gods. Uma ótima coletânea para quem não conhece muito sobre a banda.