E temos disco novo do Stratovarius no mercado. Ainda lembro quando comprei o primeiro disco da banda no longínquo ano de 1995 quando adquiri o Fourth Dimension , que era o quarto disco do grupo e o primeiro que teve o vocalista Timo Kotipelto. Para quem não conhece, o Stratovarius é uma banda de heavy metal melódico formada na Finlândia no ano de 1985. O grupo passou por algumas formações diferentes, mas se manteve extremamente fiel ao estilo musical que abraçou. Creio que o ápice de popularidade da banda foi na década de 90 com os lançamentos dos discos Episode (1996) e Visions (1997). Mesmo já tendo lançado 16 discos de estúdio e 5 discos ao vivo, essa galera estava desde 2015 sem colocar um disco novo na estrada. Agora nós temos um novo disco sendo divulgado. Estou falando do poderoso Survive.
Admito que fiquei muito feliz ao saber que uma das bandas que mais gosto, e que mais tenho material, está viva e gravando novas músicas. Acho que o primeiro detalhe que chama a atenção é a arte da capa, muito bem feita e bem desenhada. Todo o conceito gráfico do encarte é bem elaborado e sobreo. Infelizmente só consegui comprar a versão em digipack, pois a opção de capinha de acrílico já tinha esgotado quando comprei. No geral, o tema lírico principal do disco é focado na confusão e sentimento de conflito dos tempos atuais. Passando a impressão de que estamos apenas sobrevivendo ao que nos cerca. Uma nítida referência a tempos de pandemia e antagonismos políticos da realidade. Porém, a parte instrumental não entrou pelo caminho soturno das letras. O que encontramos é o mesmo metal melódico dos últimos discos com muita velocidade, belos solos de guitarra, e bateria a velocidade da luz e baixo inaudível, como é natural nesse tipo de música.
O disco já abre com a rápida e melódica Survive, já dando a tônica para todo o trabalho. Depois temos a típica música do estilo chamada Demand que poderia estar em qualquer disco do Gamma Ray. Destaque para a terceira faixa, chamada Broken com um trabalho instrumental e vocal muito legal. Diria que é a música que mais chama a atenção no disco. A faixa rendeu um videoclipe igualmente bacana e com uma pegada bem cinematográfica. A próxima faixa é Firefly que mostra uns ritmos e timbres meio diferentes do que a banda está acostumada a fazer. Temos aqui um refrão chiclete que gruda na cabeça por ser repetido muitas vezes. We Are Not Alone é uma música mais alegre, mas também a mais comum das faixas. Diria que é a que menos empolga. Frozen In Time é longa e épica e a única música que fala de eventos históricos. No caso a erupção do Monte Vesúvio que enterrou a cidade de Pompéia. World On Fire cai novamente no metal mais tradicional e tem cara de música para tocar no rádio. Glory Days é rápida com refrão muito bacana e uma pegada anos 90. Poderia estar em qualquer disco da banda daquela década. Breakaway começa como a típica balada do Stratovarius, mas logo fica mais pesada e mostra sensibilidade e peso na mesma canção. Before The Fall volta com a pegada épica e poderia ser trilha sonora de alguma batalha sem problemas. E por fim temos Voice of Thunder um épico com 11 minutos de duração.
A banda é formada por Timo Kotipelto (vocal), Jens Johansson (teclado), Lauri Porra (baixo), Matias Kupiainen (guitarra) e Rolf Pilve (bateria). No geral o disco é muito positivo e ele segue a linha que o Stratovarius vem seguindo em seus últimos discos. Não é o metal extremamente melódico da década de 90 com rifes e refrões mega grudentos que não saem de sua cabeça, mas é um bom representante do trabalho da banda. Já fiz muitas horas de audição desse disco e posso garantir que o fã do estilo não vai se arrepender de comprar. O disco também está disponível nas principais plataformas de streaming.