O flash ainda é uma coisa mística para alguns fotógrafos. Vejo muitos comentários de pessoas que dizem não entender como a coisa funciona e até possuem medo de utilizar a ferramenta. Infelizmente, para quem está começando na fotografia, o flash realmente é complicado. Essa complicação existe pelo fato de o flash ser basicamente física e matemática. É necessário entender como a luz funciona e como trabalhar a fotometria. Isso pode ser muito complicado mesmo, ainda mais pelo fato de a pessoa achar que nunca usaria matemática na fotografia.
Foi pensando nessas dificuldades que a Adorama postou em seu canal no Youtube um vídeo com o fotógrafo Pye mostrando as 3 coisas que fotógrafos fazem errado quando o assunto é o uso do flash. Vamos falar um pouco delas.
1 – Lei do Inverso do Quadrado da Distância
Se você fez um curso de fotografia algum dia em sua vida, já deve ter ouvido falar dessa continha. E o que diz a regra? A operação nos mostra que a luz diminui sua intensidade na proporção inversa do quadrado da distância percorrida. Ou seja, quanto mais longe o objeto está da fonte de luz (no caso o flash), menor será a quantidade de luz que irá atingir o objeto. Simplificando tudo isso, e sem usar contas, podemos dizer que toda vez que você dobra a distância entre o objeto fotografado e a fonte de luz, você perde 3/4 de intensidade de luz. Esse é o segredo para fazer fotos com grandes efeitos de luz em estúdio, sem falar que você pode utilizar modificadores para intensificar ou espalhar mais a luz. Aguardem um texto específico sobre o tema aqui no blog para explicar tudo isso.
2 – Luz suave e luz difusa
Aqui o problema é questão de conceitos. Luz suave e luz difusa são duas coisas diferentes, embora pareçam a mesma coisa para leitos. Luz suave tem ligação com o tamanho da fonte de luz. Quanto maior a fonte de luz, mais suave ela vai ser. Na realidade, essa é a função dos acessórios modificares de luz em estúdio. A sombrinha rebatedora está lá para aumentar o tamanho da fonte de luz e deixar tudo mais suave. Já a luz difusa é conseguida quando utilizamos um acessório difusor (tecido). Ai estamos falando dos softbox e dos hazy light. Então, podemos ter uma fonte de luz suave que não é difusa e uma fonte de luz difusa que não é suave. Tudo depende do seu objetivo e do seu conhecimentos dos acessórios e comportamento da luz.
3 – Duração do Flash
Muita gente fala de potência do flash, quando na realidade devemos falar de carga do flash. A quantidade de luz que o flash joga em uma cena está ligado à duração da fonte de luz. Quando o flash está em carga máxima a duração do disparo da luz será muito maior do que se o flash estiver com 1/64 de carga. Aos nossos olhos parece apenas um disparo rápido, mas para objetos em movimento essa diferença é muito grande. Se você está fotografando uma modelo que está em movimento, um flash em carga máxima pode borrar a cena, pois ele ficou iluminando a cena o suficiente para registar esse movimento. Um flash com menor carga, e consequentemente um ISO maior na câmera, pode congelar o movimento dessa modelo.
Veja esses 3 conceitos explicados no vídeo abaixo: