Acho que a gente não precisa ser moralista e podemos admitir que pessoas mandam fotos nuas de si mesmas, os populares nudes, para outras pessoas. Não deveríamos, mas confiamos que a pessoa que está recebendo essas fotos não vão divulgar para outras pessoas ou publicarem na internet. Mas, não é o que acontece normalmente. E isso também acontece com pessoas com idades inferiores a 18 anos. Sim, adolescentes possuem sexualidade e a tecnologia permite que qualquer pessoa produza um nude e envie para outra instantaneamente. Porém, nesse caso específico, publicar essas fotos na internet e compartilhar com amigos é crime, dependendo da legislação do local.
O problema é que não existe uma forma de controlar isso de forma efetiva, mas o Meta, dona do Facebook e do Instagram, está colocando uma ferramenta no ar que pode ajudar a ter uma perspectiva de controle. O Take It Down é uma iniciativa que tem por objetivo impedir que imagens íntimas circulem na internet, voltado principalmente para adolescentes. E como o serviço vai funcionar? Parece bem simples.
Você decidiu que vai enviar uma foto ou vídeo de conteúdo explícito para alguém, mas quer ter certeza de que essa imagem não vai circular pelas redes sociais. Você vai acessar o serviço, localizar a foto em seu celular que você vai enviar, o Take it Down vai criar um marcador para essa imagem em forma de metadado. A imagem não será enviada para o serviço, mas o marcador específico dela fica no banco de dados. Essa marcação é enviada para o NCMEC (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas) que mantem parceria com diversas redes sociais e compartilha essa lista com elas. Quando uma imagem marcada é compartilhada em uma rede social parceira ela é bloqueada imediatamente por conter a marcação de metadados. A limitação é que o dono da imagem também não pode compartilhar ela em redes sociais, ou será bloqueada também.
O serviço é muito interessante e tem uma usabilidade muito simples. É uma ferramenta para proteção de adolescentes, mas não seria legal que existisse algo que abrangesse toda as faixas de idade? Em 2017 o facebook fez uma tentativa de algo parecido para o público em geral. Infelizmente a ideia não foi adotada massivamente e agora ela volta como uma ferramenta focando os adolescentes. Se der certo agora provavelmente algo mais aberto para todos possa voltar a ser desenvolvido. Esperamos também que esse tipo de iniciativa seja adotada em outros locais do mundo e não só nos Estados Unidos.
Fonte: DIY