Nessa semana estava dando uma aula particular e uma aluna, fazendo o curso de introdução, se deparou com um dos maiores problemas de fotógrafos iniciantes, e de alguns experientes também. Estou falando do gerenciamento de cores na fotografia digital. É aqui que separamos as crianças dos homens, os fotógrafos sérios dos que estão brincando, ou dos que se preocupam com o resultado final e os que nem sabem que essas coisas exitem. Gerenciar cores na fotografia digital é um processo caro e constante. Porém, se você quer trabalhar com os grandes clientes, empresas de propaganda, ou mesmo a fotografia social para clientes exigentes, é um investimento necessário.
Vejam a seguinte situação. Você fez um grande ensaio fotográfico com uma modelo muito famosa. Depois da sessão fotográfica você editou suas fotos no seu computador e mandou para o cliente. O cliente entra em contato dizendo que as fotos estão com cores estranhas, mas no seu monitor as cores estão ótimas. Outro ponto, você mandou essas mesmas fotos para impressão e quando as fotos chegaram elas estavam muito mais escuras do que no seu monitor. Parabéns, você foi vítima da falta de gerenciamento de cores no seu negócio de fotografia.
A primeira coisa que você deve levar em consideração é que monitores LCD vão representar cores de maneiras diferentes. Sim, é uma grande verdade do mundo digital. Você pode pegar dois monitores da mesma marca e mesmo modelo, e mesmo assim eles terão diferenças na representação de cores. Monitores também possuem regulagem de brilho e contrastes diferentes, geralmente levando em conta o gosto do usuário. E isso para a fotografia é ruim, pois altera a representação real das cores e quantidade de luz da foto. Por esse motivo que nunca indico editar fotos em TVs LCD, que possuem muito contraste e tecnologias de saturação de cores.
Cores, nada mais são, do que a interpretação de diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético e que é interpretado por nossos olhos. Por isso que dizemos que nenhum objeto possui cor. Quando você olha para uma rosa vermelha o que acontece que o pigmento da rosa absorveu todos os comprimentos de onda e refletiu de volta só o vermelho. Simples assim. O resto é feito pelo cérebro que interpreta esse comprimento de onda de forma específica.
Na fotografia digital utilizamos como sistema de cores primárias o RGB. Com a junção dessas três cores básicas (Red, Green, Blue) conseguimos todas as outras cores na fotografia digital. Lembrando que os sensores fotográficos captam essas três cores no seu mosaico de Filtros Bayer. Porém, dentro do sistema RGB temos 3 espaços de cores que podemos trabalhar. Imagine um grande gráfico com todos as tonalidades de verde, azul e vermelho possíveis na natureza. Agora imagine que cada espaço de cor consegue representar uma certa quantidade dessas tonalidades de cores. Esses espaços de cor são o ProPhoto RGB, o Adobe RGB e o sRGB. A figura abaixo representa esses 3 espaços de cores.
Como mostrado na figura, o sistema ProPhoto é o mais amplo e o que mais consegue representar tonalidades de cores. O Abobe RGB vem em segundo, mostrando um pouco menos de tonalidades de cor e por fim temos o sRGB, bem mais pobre, mostrando a menor quantidade de tonalidades de cores do sistema RGB.
Infelizmente, todos nossos monitores, as impressoras de fotos de minilabs digitais e até a própria internet trabalham no espaço de cores sRGB. Para falar a verdade, é muito provável que seu monitor não consiga mostrar 100% das tonalidades de cor do espaço de cor sRGB. Então, por essa lógica, mesmo trabalhando com o espaço de cor mais pobre, existem muitas cores em suas fotos que você, na realidade, não consegue observar. Isso sempre foi um fator desesperador em minha vida de fotógrafo.
Quando você fotografa em JPEG, você deve escolher o espaço de cor que vai fotografar no menu da câmera. As opções são o sRGB e o Adobe RGB. Mas, se os monitores são sRGB, qual a vantagem em fotografar em um espaço de cor (o Adobe RGB), que não vou conseguir observar? Existem monitores profissionais para a fotografia, como o BenQ SW2700PT, que conseguem representar o espaço de cor Adobe RGB, assim como existem impressoras Fine Art que conseguem imprimir fotos nesse padrão de cor. Uma extrema qualidade e cores mais realistas, mas que custa muito mais caro. Arquivos feitos em RAW não possuem espaço de cor. Eles são capturados com todas as informações possíveis e o espaço de cor vai ser determinado apenas na hora da edição da foto. O importante é não editar uma foto com um espaço de cor diferente do suportado para a destinação final da foto. Por exemplo, se você vai postar uma foto nas redes sociais ou no seu site, o espaço de cor correto é o sRGB. Se enviar a imagem com espaço de cor Adobe RGB a representação das cores será feita de modo errado.
O importante, nesse processo todo, é saber que existem espaços de cores diferentes e cada um mantém uma possibilidade de representação de tonalidades de cores. Essa quantidade de tonalidades de cores que cada espaço de cor consegue reproduzir nós chamamos de gamut, ou gama, de cores. O segundo ponto é que nossos aparelhos (câmeras, monitores e impressoras) representam as cores de forma diferente, geralmente seguindo um padrão de fábrica, e que todos eles devem ser calibrados para mostrarem as cores de forma mais fidedigna.
Calibração amadora
Existem maneiras profissionais de calibragem de cores de seus equipamentos, mas eles são caros e nem todos possuem acesso a esses recursos. Existe uma maneira amadora de fazer uma calibração de seu monitor. É um recurso que já está nativo no Windows 10 e pode ser acessado via painel de controle. Entre no painel de configuração do Windows e digite na parte de pesquisa o termo “Calibrar Cores do Vídeo”. Ao entrar na próxima tela o Windows vai guiar o usuário por várias telas onde serão regulados a Gama, Brilho, Contraste e a proporção de cores. O resultado não é perfeito, pois depende da acuidade visual do usuário, mas é melhor do que deixar o monitor com as configurações de fábrica.
O segundo passo da calibração amadora é conseguir um target de calibração. Existem vários que você pode conseguir na internet, mas um muito famoso no Brasil foi produzido e distribuído gratuitamente pela Revista Fotografe Melhor no começo dos anos 2000. No target temos várias imagens com várias tonalidades de cores, uma escala de cinza que vai do branco absoluto ao preto absoluto, e uma escala de cores na parte de baixo. E como utilizamos isso? Simples, você deve enviar esse arquivo para o minilab que você costuma utilizar para a impressão de seu trabalho. O target deve ser impresso no tamanho 20x30cm para ter uma melhor visualização. Depois de estar com a foto em mãos, você vai abrir a mesma foto no seu monitor e colocar o target impresso ao lado. Acessando os controles de brilho, contraste e cor do seu monitor, o objetivo é que você tente deixar a imagem do monitor com os mesmos tons do target de calibração. Novamente esse é um processo impreciso, pois depende da visão do usuário, mas é melhor do que deixar o monitor sem nenhum ajuste.
Você já deve ter percebido que o caminho é difícil nessa parte, mas existem ferramentas profissionais para resolvermos nossos problemas com cores. Elas não são baratas, mas um fotógrafo profissional consegue fazer esse tipo de investimento ao longo do tempo. Eu mesmo tenho todas as ferramentas que necessito para calibração aqui no estúdio. Não comprei todas de uma vez, mas com o tempo isso é possível.
Calibração Profissional
Colorchecker passport
Quando falamos de calibração de cores na fotografia, a maior parte dos fotógrafos pensa no monitor que está utilizando. Mas, o processo não começa nesse ponto. A primeira coisa que deve ser calibrada é nossa câmera fotográfica. A câmera, assim como os monitores, sai de fábrica com uma calibração padrão e câmeras do mesmo modelo podem apresentar representação diferentes de cores.
Quando fotografamos em RAW as imagens são gravadas como dados e todas as informações estão por lá. Dizemos que todo RAW sai da câmera com o espaço de cor ProPhoto RGB, o que é o espaço de cor com a maior representação de tons (gamut) de cores. Quando fotografamos em JPEG isso não acontece, e a câmera já aplica um espaço de cor nas fotos (Adobe RGB ou sRGB) e nesse caso uma calibração de cores na câmera não é mais possível.
Quando essa imagem em RAW é aberta no computador por um software de edição compatível (normalmente o Photoshop ou o Lightroom), o software não sabe como interpretar as cores dessa imagem, então ele aplica uma tabela de correção de cores que chamamos de perfil ICC. Nesse perfil ICC temos uma receita de bolo de como o programa vai interpretar as cores produzidas pela a câmera. No Lightroom o perfil ICC básico aplicado é o Adobe Cor. Mas, como todo perfil ICC básico ele não foi feito para uma câmera específica e sim para se adaptar à todas as câmeras. O correto é você ter um perfil ICC exclusivo para sua câmera.
Mas, como fazemos isso? Através de um cartão chamado colorchecker. O colorchecker passport feito pela X-rite parece um pequeno estojo de maquiagem quando visto de longe. Mas, é uma ferramenta com representações de cores impressas de maneira precisa. E como ele funciona? Aqui vem uma pequena polêmica. Alguns dizem que você deve montar uma cena bem iluminada, fotometrada precisamente e fotografar o colorchecker com essa luz. No computador, o programa que acompanha o acessório vai fazer uma leitura dessas cores e determinar qual o desvio de cores do seu sensor e criar um perfil de cor específico para sua câmera. Agora, outros já defendem que você deve criar um perfil de cor para cada vez que for fotografar, ou seja, cada sessão fotográfica começa com uma foto do colorchecker e um perfil de cor específico para aquela sessão, visto que cada sessão possui uma iluminação e temperatura de cor específicas.
Além do passport, existem colorcheckers feitos em papel cartão. Você pode comprar o acessório na Amazon ou outras lojas de produtos fotográficos on-line.
Você deve seguir o seguinte roteiro. Coloque o colorchecker em um local bem iluminado e com fundo neutro. Execute uma fotometria precisa e faça a foto do colorchecker em RAW. Agora vem a parte mais importante. Existem vários programas que fazem a correção de cor com a utilização do colorchecker. Você pode utilizar o DNG Profile Editor, disponibilizado pela própria Adobe, mas indico para vocês o programa produzido pela X-rite, a mesma empresa que fabrica os colorcheckers de cartão e o passport. O download é gratuito na página da empresa. O programa da X-rite pode funcionar tanto de forma independente quanto como um complemento do Photoshop ou do Lightroom. Sugiro que utilize o plugin do Lightroom, pois é mais intuitivo. Converta o RAW para DNG e na hora de exportar é só escolher a aba do X-rite na janela de exportação. O que vai acontecer é que o software vai ler a maneira como a sua câmera registra as cores do colorchecker e fazer as correções dos desvios de cores existentes. Ao final, ele vai criar um perfil ICC com o nome de sua câmera. Toda vez que o Lightroom abrir uma foto de sua câmera é só aplicar o perfil de cor ICC correto e as correções serão feitas.
Uma pequena curiosidade sobre esse tema. Por décadas a indústria fotográfica baseou a revelação de fotos e fabricação de filmes em um target de calibração que não levava em conta o tom de pele de pessoas negras. O resultado era que pessoas negras nunca eram bem representadas nas fotos, ficando muito escuras. Embora isso tenha começado a mudar nos anos 90, só com a tecnologia digital é que a tonalidade de pele das pessoas negras começou a ser bem representada, pois cartões de calibração começaram a levar isso em conta. Esse colorchecker passport possui uma tonalidade de pele caucasiana e uma mulata. Essa história dos targets de revelação não levarem em conta a pele das pessoas negras é contada com detalhes no texto “Questão de Pele” de Lorna Roth publicado na revista Zum de junho de 2016.
Calibrando o monitor
Agora já temos a primeira parte do nosso processo de gerenciamento de cores executado. O software de edição de nossas fotos já possui um profile ICC que corrige e interpreta de maneira correta as cores das fotos de nossas câmeras. Agora está na hora de passar para o segundo estágio. Temos que acertar as cores de nosso monitor.
E aqui vem a nossa principal dúvida. Qual monitor comprar? As respostas podem ser várias, mas no geral temos monitores ruins, monitores médios, monitores ótimos e monitores profissionais. O sonho é sempre ter um monitor profissional, como os fabricados pela Eizo, mas o investimento é muito alto para quem está começando, ou até para quem está no mercado há muito tempo. No geral indicamos monitores Dell da linha Ultrasharp ou, se o investimento realmente é uma coisa proibitiva no momento, os monitores de 24 polegadas com painel IPS da LG. Esses são os mais baratos e usáveis para uma edição de imagem responsável dentro da fotografia.
Monitores podem ser calibrados utilizando um colorímetro ou um espectrofotômetro. Aqui no estúdio utilizamos o colorímetro da Spyder5 da Datacolor. O colorímetro se parece muito com um mouse de computador. Ele possui um cabo USB que é ligado ao computador e o aparelho é colocado no monitor LCD como mostrado na Figura 4.8. Ao começar o processo o software do colorímetro vai mostrar na tela várias tonalidades de cores e o aparelho vai registrando como o monitor representa cada cor. Ao final, o programa da Datacolor vai produzir um perfil ICC de cor que será instalado no sistema operacional. Dessa forma o próprio sistema operacional vai corrigir os desvios de cores do monitor. Durante a calibração também são acertados o brilho e o contraste do monitor.
Algumas considerações a respeito da calibração do monitor. É muito importante o local que você usa para editar suas fotos. Cômodos com grande variação de luz durante o dia não são indicados, pois o colorímetro utiliza a luz ambiente como um dos fatores que determinam o brilho e contraste do monitor. Utilize um cômodo que você possa fechar a janela e mantenha a mesma condição de luz toda vez que for utilizar o computador para editar fotos. Da mesma forma, a lâmpada do local deve ter uma temperatura de cor próxima aos 5500K. Lâmpadas muito frias ou muito quentes podem mudar a maneira como você visualiza as cores no seu monitor.
Talvez você não tenha dinheiro para comprar um colorímetro, mas em muitos locais existem empresas que prestam esse serviço. Procure em sua cidade se existem empresas assim. Só lembrando que a calibração deve ser feita em sua casa e no local em que você utiliza para editar as suas fotos. Infelizmente, nem todo monitor pode ser calibrado. Monitores muito baratos e de baixa qualidade não apresentam resultado satisfatório quando passam pelo processo. Notebooks podem ser calibrados, mas seus monitores LCD são de baixa qualidade também e não possuem controle manual de brilho e contraste, o que torna o processo não muito positivo. Algumas TVs possuem bom resultado com a calibração, mais a maioria não serve para edição por possuir muito contraste e tecnologias que valorizam a saturação anormal das cores. Nesse quesito, qualidade de monitor, é o único ponto em que os equipamentos Apple são muito superiores à maioria dos PCs. Os monitores com a tecnologia de Retina Display da Apple apresentam um bom rendimento, até mesmo nos macbooks. Fora isso não existe outra vantagem em utilizar Apple (que comece a polêmica).
Por fim, o processo de calibração deve ser repetido de tempos em tempos, pois os monitores vão perdendo desempenho com o passar do tempo, ficando mais velhos, e uma nova calibração é necessária. Monitores baratos, como os da linha IPS da LG devem ser recalibrados há cada 30 dias. Monitores de linhas profissionais, como os fabricados pela Eizo, podem ficar sem uma nova calibração por períodos de até 6 meses. O próprio software do colorímetro avisa ao usuário da necessidade de uma nova calibração.
Calibrando a impressora
A terceira parte do gerenciamento de cores para a fotografia é o estágio final, a impressão das fotos. Posso ser um pouco antiquado nessa parte, mas para mim fotografia boa é a fotografia impressa. O papel é o destino final de cada imagem, não só por ser uma coisa meio romantizada, mas pelo fato de ser no papel o único suporte onde as fotos realmente vão poder mostrar para todos a sua real representação das cores, contraste e brilho.
Infelizmente vivemos em uma era digital. As pessoas querem comprar fotos e ter acesso ao produto digital para compartilhar livremente nas redes sociais. Aliás, um fenômeno interessante. As pessoas querem comprar fotografia em formato digital, mas a maioria não possui mais um computador em casa e se conecta apenas com o smartphone. Sem computador não existe mais o acesso a DVDs ou pendrives e as imagens devem ser encaminhadas via comunicadores instantâneos, o que reduz significativamente a qualidade da imagem, ou serviços de download de arquivos Em um mundo com equipamentos fotográficos tão modernos e caros, o resultado final é compartilhado com baixa qualidade. Um delicioso dilema para as gerações futuras.
Eu tenho pacotes de trabalho onde apenas o digital é entregue para os clientes, mas mesmo esses eu costumo entregar um conjunto de 10 fotos impressas em tamanho 10x15cm que são escolhidas por mim. Para eles eu digo que é um presente, uma forma de mostrar meu carinho pelo evento ao qual fui contratado para fotografar. Mas, na verdade, essas 10 fotos são minha prova de cor para o cliente. Independente de onde ele vai visualizar essas imagens, ou da qualidade do monitor que vai representa-las, as fotos impressas são a prova de que as cores e exposição estão corretas. É a prova de que o defeito não está em meu trabalho, e sim no local onde ele está visualizando as imagens.
Voltando à impressão, assim como o monitor e a câmera, a impressora deve ser calibrada para melhor representar as cores. Você pode fazer isso com um espectrofotômetro, mas creio que o problema é mais complicado. Poucas pessoas possuem uma impressora fotográfica profissional em sua residência. Normalmente utilizamos os serviços de um minilab digital para imprimir nossas fotos. E como controlar a qualidade da impressão? Muito simples.
Vá até o minilab que você mais utiliza e peça no balcão o perfil ICC da impressora que eles estão utilizando para imprimir suas fotos. Se eles não souberem o que é isso, vire as costas e nunca mais volte ao local. Cada máquina de impressão em um minilab deve ser calibrada individualmente. Essa calibração gera um perfil ICC de impressão que pode ser distribuído para os clientes da loja. Pelo menos é isso o que uma loja profissional deve fazer. No seu computador, você pode instalar esse perfil ICC e fazer uma previsão de como a impressão vai ficar naquela impressora. Vamos dar um exemplo sobre isso.
Atualmente muitos fotógrafos utilizam uma das versões do software Adobe Lightroom para editar suas fotos. Podemos elencar vários defeitos desse software, mas no momento ainda é nossa melhor opção para edição em lote de fotografias. Na atual versão do Lightroom, no módulo de Revelação, na parte inferior, existe o botão de Prova Virtual. Ao acionar esse comando o software tenta simular para você como vai ficar a impressão daquela imagem. Claro que, para que o módulo de Prova Virtual do Lightroom funcione, você precisa ter passado pelos dois estágios anteriores de calibrações (monitor e câmera).
Quando o módulo de Prova Virtual está ativado, dois novos ícones aparecem no histograma da imagem. Um pequeno monitor na parte superior esquerda e uma folha de papel na parte superior direita. Ao passar o cursor do mouse sobre o pequeno monitor algumas zonas da foto são marcadas com a cor azul. O Lightroom está mostrando para você zonas que possuem cores que o seu monitor não consegue representar. São cores que estão fora do gamut de cores do monitor. Mostramos isso na figura 4.9. Infelizmente, para esse tipo de informação não podemos fazer nada.
Mas, quando passamos o cursor do mouse sobre o outro ícone, o da folha de papel, zonas da imagem são marcadas com a cor vermelha. Essas cores vermelhas mostram zonas da imagem que a impressora, cujo perfil ICC está instalado, não vai conseguir representar adequadamente. A maior parte das zonas marcadas nessa foto são de tonalidades de verde, que tem uma ampla gama de tonalidades e a maior parte não consegue ser representada no espaço de cor sRGB. Essas são zonas que irão apresentar grandes diferenças na imagem impressa ao comparar com a imagem na tela do computador.
O texto ficou enorme e com muita informação. Mas, espero que tenha começado a tirar as dúvidas sobre esse tema. Quem tiver dúvidas específicas é só deixar aqui nos comentários que a gente vai conversando.