E nessa semana o Cris Waster postou no twitter que estava ouvindo Painkiller do Judas Priest e deu vontade de ouvir novamente o disco. Tenho que fazer uma confissão aqui que pode abalar os fãs mais conservadores do metal: eu não gosto de Judas Priest, mas gosto muito do Painkiller. Já vi muita gente escrevendo em sites especializados de metal que o Painkiller teve uma sonoridade diferente justamente para tentar conquistar o público americano, mas não sei até que ponto isso é verdade. O que sei é que a sonoridade desse álbum é mais estridente, mais rápida e mais afiada do que a banda costuma fazer. Tentei ouvir outros discos, comprei alguns indicados por fãs, mas infelizmente é só desse disco que gosto.
A primeira vez que ouvi Painkiller eu estava na escola. Tinha 15 nos. Um amigo chegou com o vinil (bolachão) para mostrar para a galera sua nova aquisição. Nunca tinha ouvido falar da banda e gostei muito da capa. Sabe como é adolescente, acha tudo que é extremo bacana. Depois de um tempo peguei o disco emprestado. Logo as primeiras batidas da faixa título fiquei muito animado. Quando Rob Halford começou a cantar fiquei impressionado com a força de seu vocal. Comparado com outros discos da banda, aqui ele não teve limites. Colocou para fora todo o seu poder e, provavelmente, ficou algumas semanas sem poder falar direito depois de gravar esse disco.
Painkiller foi lançado em 1990. Mesmo sendo o começo dos anos 90 acho que essa é a sonoridade que marcou tudo o que viria logo depois. Embora seja um Heavy Metal duro e sem frescuras, temos muita habilidade e talento aqui. Me arrisco a dizer que é um dos melhores discos daquela década e ficou marcado no imaginário dos fãs da música pesada. Várias bandas fizeram covers para a música título e me arrisco a dizer que não existe um fã de música extrema que não conheça essas composições.
Fora a música título, quase todas as composições merecem um destaque. Mas, eu tenho uma grande preferência por Hell Patrol, One Shot at Glory, Night Crawler e A Touch of Evil. A banda era composta por Rob Halford (vocais), Glenn Tipton (guitarras), KK Downing (guitarras), Ian Hill (baixo) e Scott Travis (bateria). O disco também contou com Don Airey (teclados em “A Touch of Evil”) como músico adicional.
Painkiller já tem mais de 30 anos desde o seu lançamento, mas ainda é um álbum delicioso de ser ouvido. Vale a pena procurar usado na internet ou simplesmente ouvir no seu serviço de streaming preferido.