O que todas as sociedades, desde o começo da humanidade, tem em comum é olhar para os céus durante a noite e admirar as estrelas. Nos grandes centros essa é uma atividade quase impossível por conta das luzes das cidades, mas qualquer oportunidade de visitar um local com pouca iluminação é suficiente para fazer qualquer um admirar as estrelas. Por isso que a astrofotografia é uma atividade tão interessante e prazerosa para quem realiza.
Fotografar as estrelas é fácil e, ao mesmo tempo, não é. Existem diversas sub-categorias dentro da astrofotografia. Você pode escolher fazer paisagens noturnas, o que é fácil e tranquilo com quase todo equipamento fotográfico disponível (inclusive alguns celulares). O único acessório que precisa para esse tipo de fotografia é um tripé, e nem precisa ser dos mais caros. Porém, as categorias que registram o espaço profundo necessitam de tripés especiais com motores que acompanham a rotação da Terra e microscópios poderosos, além de câmeras específicas para esse tipo de fotografia. Ou seja, a brincadeira começa a ficar um pouco cara. Junte a isso o fato de que não se trata, na maioria dos casos, de uma fotografia comercial. Ninguém contrata um fotógrafo para registrar as estrelas. São pessoas que fazem isso por gostar da atividade e os investimentos são feitos conforme o fotógrafo vai evoluindo na astrofotografia.
Todo ano, o Royal Observatory Greenwich realiza o maior e mais tradicional concurso de astrofotografia do planeta. A competição, chamada de Insight Investment Astronomy Photographer of the Year, é dividida em várias categorias e ao final elege vencedores para cada uma delas e, dentre eles, um grande vencedor que leva o premio de foto do ano. Apenas duas categorias, a Robotic Scope e o novo troféu Sir Patrick Moore (para fotógrafos iniciantes), elegem 3 fotografias como vencedoras. Os prêmios chegam a £10,000, uma boa quantia para quem gosta de observar as estrelas.
Os vencedores desse ano foram divulgados na semana passada. O grande vencedor foi o fotógrafo László Francsics que fez 32 múltiplas exposições do eclipse total da Lua em Budapeste em 21 de janeiro de 2019. Ele foi eleito vencedor da categoria Our Moon e consagrado como o grande vencedor da competição.
Em 2019 foram inscritas 4.600 fotos de 90 países. Entre os vencedores das categorias temos até um argentino, representando a América Latina. Abaixo alguns dos vencedores desse ano. Para ver todos os vencedores e mais informações sobre a competição, é só acessar o site do Insight Investment Astronomy Photographer of the Year.