Existem estatísticas bem interessantes no mundo das fatalidades. E se a estatística existe, quer dizer que essas mortes acontecem em um número bem significativo. Por exemplo, existem estatísticas de pessoas que morrem atropeladas por trens. No Brasil você pode até pensar que a pessoa é muito idiota para morrer dessa maneira, mas lembrem-se que a velocidades dos trens no mundo civilizado é muito maior do que em nosso país atrasado.
Uma dessas estatísticas fatais tem muita ligação com o mundo da fotografia. Hoje, no mundo, o número de pessoas que morrem fazendo selfies, ou o tradicional autorretrato, é maior do que o número de pessoas que morrem em ataques de tubarões. Mas, o que leva uma pessoa a colocar sua vida em risco para uma foto perfeita? Bem, nós fotógrafos sabemos dos perrengues que passamos para perseguir uma foto impactante. Mas, as pessoas comuns são movidas por abastecer suas redes sociais com fotos que demonstrem o seu estilo de vida arrojado, ou esbanjador, mesmo que tudo não passe de uma ilusão. E também temos os influenciadores de Instagram, que literalmente ganham a vida com fotos interessantes para alimentar sua platéia virtual sedenta por novidades.
Mas, normalmente, os casos de fatalidades acontecem por conta de desleixo ou desrespeito às normas de segurança. O caso mais recente que foi noticiado é da guia de turismo Olesia Suspitsina de 31 anos. Para comemorar o fim do bloqueio, por conta do coronavírus, ela e uma amiga foram até o parque Duden em Antália, na Turquia, e subiram ao topo das cachoeiras do parque. Foi nesse momento que Olesia pediu para sua amiga fazer uma foto dela junto à paisagem vista do topo da cachoeira. Ela pulou a grade de segurança para fazer uma foto mais limpa e foi nesse momento que ela escorregou na grama molhada e caiu de uma altura de 35 metros.
As autoridades foram chamadas imediatamente e encontraram o corpo sem vida de Olesia na água e sua morte foi classificada como acidental.
Mais uma vez, o desrespeito por normas de segurança foram o principal componente para o acidente. A coisa fica mais grave se atentarmos ao fato de que a vítima era guia de turismo, um profissional que deve estar atento a normas e regulamentos dos locais que são visitados. Fica aqui o aviso, que já repetimos há muitos anos, de que uma foto não vale a sua vida, por mais perfeita que ela seja.
fonte: DIY