Quando as câmeras mirrorless surgiram há mais de 10 anos, muita gente torceu o nariz, e outros ficaram muito entusiasmadas. Uma câmera com o mesmo sensor das DSLRs, mas com tamanho menor e mais leves. Os primeiros modelos seguiram um design mais retrô, o que era também um bom motivo para apostar nos equipamentos. Infelizmente, demorou muito para o novo tipo de equipamento emplacar, pois eram sistemas novos (o que implica em comprar novas lentes e acessórios) e também o preço elevado. Só recentemente, os dois maiores fabricantes de equipamentos fotográficos investiram nesse novo tipo de equipamento e, parece, que as coisas agora estão caminhando de maneira mais certeira.
Provando que o futuro pertence a essa nova tecnologia, a Nikon recentemente confirmou um rumor que já estava correndo pelos sites especializados em fotografia. Sua nova câmera profissional, que vai substituir a D6, será uma câmera mirrorless da linha Z. A empresa confirmou pouca coisa sobre o equipamento. Sabemos que a Z9 vai chegar com uma nova tecnologia de sensor fotográfico e capacidade de fazer filmagens em 8K. O sensor CMOS empilhado, como a empresa está chamando, é uma evolução da tecnologia de sensores retroiluminados e com um novo mecanismo de processamento de imagem. Os sensores retroiluminados foram uma revolução no mundo da fotografia permitindo que sensores CMOS tivessem uma qualidade comparável aos sensores CCD e gastando uma quantidade bem menor de energia.
A empresa também liberou uma imagem frontal do equipamento, mostrando que ele será bem robusto e imponente. Eu sempre dei muita atenção ao design dos equipamentos fotográficos e acho inaceitável pagar caro em uma câmera com qualidade de imagem, porém com design que não condiz com essa qualidade. A Nikon diz que o equipamento ainda está em fase de testes. Muitos estão afirmando que a câmera será posta a prova durante as Olimpíadas de Tóquio e que vai chegar ao consumidor em outubro de 2021. A única afirmação da empresa é que “a Z9 incorpora a máxima usabilidade como ferramenta, oferecendo aos usuários uma experiência de imagem sem precedentes, desde a captura até o fluxo de trabalho, excedendo as anteriores SLR digital e câmeras sem espelho.”
Tudo muito bacana e bonito, mas o principal problema da linha de câmeras mirrorless é não possuir um ecossistema completo de modelos de câmeras como acontece com as DSLR. Não possuímos equipamentos de entrada com preços baixos para começar a formar a linha de usuários. Os equipamentos disponíveis são caros e robustos, o que sempre leva ao fotógrafo avançado a ter que mudar de câmeras e lentes para investir na nova linha de equipamentos. Se o fotógrafo iniciante já começar com uma mirrorless então a evolução para as câmeras mais caras é muito mais tranquila. Infelizmente não é isso o que acontece.
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