E finalmente a Canon fez algo que estou esperando acontecer há muito tempo. Eles colocaram no mercado câmeras mirrorless mais baratas mirando o consumidor iniciante. Quase todos os fabricantes atuais estão apostando em câmeras mirrorless. No meu entendimento isso é o certo, pois a tecnologia se mostrou viável e será o futuro dos equipamentos fotográficos. Mas, existe o problema de quase todos os equipamentos disponíveis serem muito caros. Falta opções para quem está entrando no mundo da fotografia. Um exemplo disso é a notícia que mostra que a venda de câmeras reflex tiveram um aumento significativo no ano passado. Isso acontece pela falta de disponibilidade de equipamentos mirrorless no mercado. Quem entra no mundo da fotografia com câmeras fotográficas quer pagar menos em equipamentos mais simples, pois o investimento é muito elevado.
Agora a Canon colocou no mercado equipamentos de entrada com tecnologia mirrorless. As Canon R7 e R10 são equipadas com sensores APS-C e utilizam o encaixe RF das lentes mirrorless da empresa.
A R7, por falta de padrão de comparação, seria uma sucessora das Canon 7D ou D90. Corpo compacto, resistente e vedado contra fatores climáticos. Uma boa opção para fotografia profissional. Ela é equipada com um sensor de 32,5 megapixels de resolução máxima e com fator de corte de 1.6x. A Canon afirma que é um sensor novo, mas não é dotado de tecnologia de retroiluminação, mas possui estabilização de imagem no corpo da câmera. O processador é o Digic X que permite que a câmera faça até 15 fotos por segundo no disparo contínuo com o obturador mecânico e até 30 fotos por segundo no modo de obturador eletrônico. Uma boa marca para uma câmera desse porte. Uma característica interessante é a entrada para utilização de dois cartões de memória ao mesmo tempo, um recurso que usuários da Canon pedem há muitos anos.
A câmera herdou da R3 o sistema de foco que, embora não seja tão rápido quanto na irmã mais poderosa, possui o mesmo sistema de inteligência artificial e é capaz de reconhecer objetos como humanos, animais e veículos. A câmera pode fazer vídeos em 4K com até 60 quadros por segundo em toda a largura do sensor. Em full HD a gravação pode ter até 120 quadros por segundo e sem a limitação de 30 minutos por vídeo. A câmera pode gravar em profundidade de cor de 10 bits em C-Log 3.
A Canon EOS R7 estará disponível ainda este ano por US$ 1.500 (somente o corpo) e US$ 1.900 com a nova lente RF-S 18-150mm f/3.5-6.3 IS STM.
Já a Canon R10 é uma mirrorless de entrada. Seria praticamente uma versão da Rebel sem espelho. É uma câmera pequena e leve. Com bateria e cartão de memória não chega a pesar 500g (sem lente). Ela está equipada com um sensor APS-C de 24,2 megapixels e, infelizmente, não possui estabilização de imagem no corpo da câmera. Ela também é equipada com o processador Digic X e pode fazer 15 fotos por segundo no modo de obturador mecânico e 23 fotos por segundo com o obturador eletrônico. Ela também utiliza o sistema de foco inteligente da R3 onde a inteligência artificial pode reconhecer pessoas, animais e veículos.
A câmera pode fazer filmes em 4K com 30 fotogramas por segundo, mas não pode utilizar a tecnologia C-Log. E provando que se trata de uma câmera de entrada, o equipamento possui um pequeno flash pop-up na parte superior.
A Canon EOS R10 estará disponível ainda este ano por US$ 980 (somente o corpo) e US$ 1.100 com a nova RF-S 18-45mm f/4.5-6.3 IS STM, ou US$ 1.380 com a RF-S 18-150mm f/3.5- 6.3 STM.
Uma boa adição a linha de câmeras da Canon e que vai tornar os seus equipamentos mirrorless ainda mais atrativos para o público iniciante.