![Romain-Laurendeau-world-press-story-bjp-7-1024x680](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/romain-laurendeau-world-press-story-bjp-7-1024x680-1.jpg)
E saiu o resultado de mais um World Press Photo. O prêmio, considerado o mais importante do mundo do fotojornalismo, passou por várias polêmicas nos últimos anos por conta de acusações de manipulação e adulteração de fotos finalistas, mas segue forte, assim como o desejo secreto de quase todo mundo que produz imagens para os grandes sites e meios de comunicação de ser indicado e ganhar o grande prêmio.
Eu sempre gosto de acompanhar os vencedores todo ano, pois o fotojornalismo existe para levar ao mundo reflexões de todas as grandes questões humanitárias da sociedade. Independente de qual categoria do concurso estamos falando, as reflexões são sempre fortes e importantes.
A competição é dividida em 8 categorias ou temas. Essas categorias são Edições Contemporâneas, Meio Ambiente, Natureza, Retratos, Esportes, Spot News, Notícias Globais e Projetos de Longo Prazo. Dentre as fotos inscritas nessa categoria, são eleitas duas fotos para os prêmios principais. Uma delas é eleita a Foto do Ano e a outra é eleita A História do Ano.
Nesse ano, a imagem do fotógrafo japonês Yasuyoshi Chiba, fotógrafo-chefe da África Oriental na Agence-France Presse, foi eleita a Foto do Ano e também foi vencedora da categoria Notícias Globais. A imagem intitulada “Straight Voice”, mostra um jovem recitando poesia de protesto durante um blecaute no Sudão, com o rosto iluminado pelas lanternas dos manifestantes que o rodeavam:
![001_World-Press-Photo-of-the-Year_Yasuyoshi-Chiba_Agence-France-Presse-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/001_world-press-photo-of-the-year_yasuyoshi-chiba_agence-france-presse-800x534-1.jpg)
Já a categoria de História do Ano foi dada ao fotógrafo Romain Laurendeau, por sua série “Kho, a gênese de uma revolta”, que também venceu a categoria Projetos de Longo Prazo. A série de fotografias captura a história da juventude da Argélia e como eles foram capazes de desencadear “o maior movimento de protesto na Argélia em décadas”. A série de fotos pode ser vista no site do World Press Photo.
![002_World-Press-Photo-Story-of-the-Year_Romain-Laurendeau-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/002_world-press-photo-story-of-the-year_romain-laurendeau-800x534-1.jpg)
Abaixo os vencedores das outras 6 categorias:
![003_Nikita-Teryoshin-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/003_nikita-teryoshin-800x534-1.jpg)
![004_Esther-Horvath_for-The-New-York-Times-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/004_esther-horvath_for-the-new-york-times-800x534-1.jpg)
![005_Alain-Schroeder-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/005_alain-schroeder-800x534-1.jpg)
![006_Tomek-Kaczor_for-Duży-Format-Gazeta-Wyborcza-559x800](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/006_tomek-kaczor_for-duzcc87y-format-gazeta-wyborcza-559x800-1.jpg)
![007_Mark-Blinch_for-NBAE-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/007_mark-blinch_for-nbae-800x534-1.jpg)
![008_Farouk-Batiche_Deutsche-Presse-Agentur-800x534](https://musicaefotografias.files.wordpress.com/2020/04/008_farouk-batiche_deutsche-presse-agentur-800x534-1.jpg)
Como todos os anos, o site de fotografia espanhol Photolari apresentou uma detalhada análise dos equipamentos utilizados pelos selecionados no World Press Photo. Os dados deste ano mostram a invasão contínua da Fujifilm e, em menor grau, da Sony, no território da Canon e da Nikon. A participação da Nikon nos vencedores caiu de quase 37% no ano passado para apenas 26% este ano, e a Canon caiu de 46% para 38%, enquanto a Fuji aumentou sua participação de 10% para 16% nas imagens vencedoras, e a Sony aumentou sua participação de 2,6% para mais de 7%.
No que se refere a modelos de câmeras utilizados, os três primeiros colocados continuam sendo os mesmos do ano passado, mas a Fuji chega forte no quarto lugar.
Isso quer dizer que as câmeras sem espelho estão chegando forte do fotojornalismo? Sim, é um indicativo. As DSLR ainda são maioria, mas a tendência é que o futuro das câmeras fotográficas sejam as mirrorless. Para o fotojornalismo isso é uma mudança bem vinda. Câmeras menores, mais leves, com qualidade e sistema de foco automático de alta qualidade. Em zonas de conflito é a receita perfeita para o sucesso do trabalho. O meu palpite é que isso vai ficar ainda mais evidente no próximo ano.